E saiu na coluna do Ancelmo Gois de hoje, no Globo:
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Assunto poesia
Nesta semana, vou lançar livro e mediar estas três sessões do Café Literário na Bienal do Livro:
07/09 – 13h
“Somos filhos de nossos filhos” (Sarau Poético das crianças)
Participantes Gloria Kirinus , Guto Lins, Roseana Murray
08/09 – 18h
Vida literária, obra do acaso, imposição do destino
Participantes Godofredo de Oliveira Neto, Stella Florence , André de Leones
10/09 – 14h
Nos meandros da cidade
Participantes Alberto Mussa, João Paulo Cuenca, Paloma Vidal
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Assunto Sem categoria
Visitar escolas é uma das etapas mais legais da coisa toda. Já disse em outra ocasião e só tenho confirmado: as crianças são os melhores leitores de poesia que há por aí. Quem já leu para eles sabe do que estou falando.
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Assunto Sem categoria
Há algum tempo, os alunos do Colégio Santo Agostinho, aqui no Rio, fizeram trabalhos para apresentar poemas utilizando tecnologia, sob a ótima orientação da ótima professora Tatiane Martins. Dois grupos pegaram sonetos do A musa diluída e fizeram coisas bem legais. Vai aí um deles, feito com o game The Sims.
O que me surpreendeu é que, enquanto os “adultos” se esforçam para fazer a distinção e aproximar leitura e tecnologia, a molecada faz isso naturalmente.
Em tempo: tenho 35 anos (seminovo), jogo Nintendo Wii e PC. Mas que esse trabalho das meninas foi legal, isso foi.
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Assunto poesia
Hoje à tarde vi Adélia Prado na televisão. Depois de almoçar com a família, prostrei-me no sofá e de repente me vi zapeando, até que o dedo parou tão logo visse a mineira, acredito que a nossa mais importante escritora em atividade. Falava de coisas extremamente simples e essenciais, como o fato de a arte ser voltada para o sentimento, não para a lógica, e que a poesia existe porque nós não nos contentamos com a instância ordinária das coisas: precisamos do extraordinário.
Porém, como tivesse comido feijoada com a voracidade dominical, e os meus recursos internos se concentrassem na difícil extração digestiva daqueles nutrientes inusitados, fui adormecendo. Continue
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Assunto crônica
Meu barco em pleno mar parou um dia,
Num tempo de maré muito agitada.
E vi a sua proa iluminada,
Enquanto, lá na popa, anoitecia.
Sentado eu à bombordo, também via
Em duas minha imagem separada.
Havia na direita a gargalhada;
Do outro lado, só melancolia.
Daquilo então ficou-me uma certeza:
O riso é o irmão gêmeo da tristeza,
Um lado que outro sempre complementa.
No mar, se o lado esquerdo sofre e falha,
Um outro toma o leme e então gargalha,
Pois navegar sozinho nenhum tenta.
De A musa diluída
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Assunto poesia
SONETILHO PARA AS DUAS CHUVAS
A nuvem que, plena, chora
As lágrimas na janela
Te faz parecer aquela
Imagem que tem lá fora.
Você chove dentro, e embora
Nenhuma gota singela
Derrame, é mesmo com ela,
A seco, que inunda agora.
Teriam então diferenças
As duas chuvas imensas?
Enquanto uma escorre, a outra arde
Nos seus olhos tão vermelhos,
Que desenham numa tarde
Janelas mais como espelhos.
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Assunto poesia
GAVETA DE MEMÓRIA
[manter o que ainda cabe
no campo do seu volume.
as coisas que, você sabe,
com o tempo ganham perfume:
acomodá-las no centro
e não deixar que se acabe
ou nem que se desarrume:
você, no dentro do dentro.]
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Assunto poesia
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Assunto Sem categoria
Uma autoridade da área da leitura publicou crônica com o trecho “e saber manejar, minimamente, a língua”. Isso contém um erro esquisito, pois manejar é mover com a mão. Geralmente, esses textos são escritos por assessores, e por isso mesmo muita coisa passa. Mas vamos lá. Manejar a língua.
Meio erótico, não? Como é isso? Seria libras? Só penso nessa cena quando alguém tem convulsão e outro precisa vir e desenrolar (destravar?) a língua do epilético. Sugiro promovermos um espaço para que leitores epiléticos possam (se) debater à vontade. Seria um sucesso porque vai ser tudo de graça: por aí eles pagam uma baba. Minimamente.
Ao fim, todos batendo palma: isso é tremendo!
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Assunto Gerais, Sem categoria